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IGREJA SANTANA DO MORRO

Contemporânea das primeiros templos religiosos da Vila de Nossa Senhora do Carmo, constitui – se no primeiro templo de grande porte erguido em Mariana, entre 1712 e 1718, mediante autorização do Bispo do Rio de Janeiro Dom Jerônimo,  Diocese ao qual pertencia a Capitania de Minas Gerias na época, representando assim a pujança econômica do Morro Santana.

Toda em pedra e arquitetura graciosa, como eram em geral as capelas e igrejas daquele tempo, seu interior ajusta –se a essa mesma simplicidade, vendo –se todavia, na entalhação e no arranjo dos ornatos do seu altar – mór elementos decorativos no estilo jesuítico, que notamos na matriz e nas outras velhas igrejas de Mariana.

No final dos anos de 1960 o alto do Morro Santana estava praticamente despovoada, devido a ausência da exploração do ouro desde o século anterior. Apenas um zelador Sr. Roque Podexá e as Senhoras Ismênia e Ricardina ainda cuidaram da Igreja, o que não a impediu de ser roubada, arromabada. Assim como grande parte das igrejas de Mariana comtemporâneas necessitava de reformas, cuja última reforma foi feira pelo Diretor da mina da Passagem Sr. Júlio Guimarães, em 1930, tendo como um dos pedreiros responsável o Sr. Valdemar da Chácara.

Diante dos desafios do cenário econômico da época, a pequena população do Gogo, a Igreja Santana foi segundo Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues, em entrevista a Revista História da Biblioteca Nacional, salva ao ser transladada pela empresa de construção Mendes Júnior para Belo Horizonte, lá suas peças foram utilizadas na construção da Igreja de São Francisco das Chagas, santo de devoção de Tuca Mendes dono da empresa, evitando assim o seu desaparecimento por ações de vândalos e ladrões de arte sacra. Trabalhou em sua demolição e translado o pedreiro marianense Eloi Mendes.

Um dos sinos da Igreja Santana foram para a Igreja Sagrado Coração de Jesus no Barro Preto em Mariana, e o outro para o Museu de Arte Sacra de Mariana.

Inaugurada em 15 de outubro de 1978 na sede da Mendes Junior com a presença do arcebispo Dom Oscar, Cônego Paulo e Monsenhor Vicente Diláscio. Porém não durou muito tempo.

Em meados da década de 1980 mediante e prejuízos que afetaram as obras da Mendes Junior no Iraque, devido a guerra Irã x Iraque, o Sr. Tuca Mendes vendeu a sua sede da empresa no Bairro Estoril para a Uni-BH. Porém antes retirou todos elementos de arte sacra provenientes da Igreja Santana do Morro de Mariana, alugando um galpão na UFMG para tal. A Igreja de São Judas Tadeu foi novamente reformada. Encarregado do desmonte novamente atuou Sr. Elói Mendes.

Em 2001 tais fatos vieram a tona através de uma reportagem do Jornal O Espeto, com fotos da antiga Igreja apresentada pelo artista plástico Roque do Leão. As seguidas reportagens publicadas resultaram em 2004 em abertura de processo sugerida em abaixo assinado por moradores do Gogo acatados pelo promotor de Mariana a época Dr. Antônio Carlos, de pois o processo seguiu para o Ministério Público Estadual, ficando a cargo do promotor do patrimônio histórico Dr. Marcos Paulo Miranda, que em 2008 determinou que as peças voltassem para seu local de origem.

Recebidas com festa, e pelo arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha, Prefeito Celso Cota e seu Vice Roque Camelo sendo estas peças guardadas primeiramente no antigo Palácio dos Bispos em Mariana (Museu da Música) e atualmente encontram –se no teatro dos Centro de Convenções, aguardando o início da reconstrução do Templo na comunidade do Gogô Mariana – MG previsto no acordo judicial que permitiu sua vinda.

Publicado em: 12/07/21


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